
A mente, o ego, nosso eu verbal, ou como quer que se chame esse fluxo de pensamentos que julga e avalia, ao se deparar com o comportamento autônomo do organismo, se choca. Além do julgamento, vem a perplexidade ao perceber que o comportamento não está sob seu controle, não segue as suas diretrizes.
Sendo útil, mas limitada e pequena, vendo apenas uma fração do que pode ser visto, a mente não pode compreender que o todo, no qual o comportamento do seu organismo está inserido, funciona harmonicamente, exatamente como deve funcionar. Os seus julgamentos e tentativas de controle fazem parte desse movimento harmônico e não poderiam ser de outra forma. Mas o seu conteúdo é apenas um balbuciar sem sentido.
Foto: Jean Carlo Emer